PROBLEMAS HEREDITÁRIOS – Doenças do Golden Retrieve
Contudo, por melhores que sejam os cuidados ainda assim podem ser vítimas de problemas adquiridos e congênitos, assim como os seres humanos.
Estes problemas variam de doenças de pele a viróticas, de alergias ao câncer. Além destes as raças puras, fruto de considerável grau de consanguinidade podem apresentar problemas hereditários.
Golden Retriever não é exceção e infelizmente os problemas se multiplicam conforme o aumento da popularidade da raça e procriação indiscriminada. Alguns dos problemas de hereditariedade relativamente frequentes que podem ser encontrados em cães da raça Golden Retriever.
DOENÇAS OFTALMOLÓGICAS
As Cataratas são definidas pela opacidade dentro da lente ocular (cristalino). Pelo menos um tipo de catarata hereditária aparece em idade precoce e afeta Goldens, podendo progredir até mesmo com a perda total de visão. Existem também cataratas não hereditárias, mas é extremamente difícil diferenciar uma da outra.
Problemas de vista menos comuns atualmente, tais como Entrópio e Ectrópio (pálpebras viradas) são más formações nem sempre hereditárias que resultam numa irritação ocular acarretada pelo constante atrito dos cílios com a córnea.
Uma cirurgia pode ser necessária para corrigir estes problemas, sendo um procedimento razoavelmente simples.
Exames oftalmológicos idealmente devem ser feitos anualmente por um veterinário especializado, até pelo menos os oito anos de idade, pois problemas congênitos oculares também podem se desenvolver durante os estágios de envelhecimento
DOENÇAS DO CORAÇÃO
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
Os Retrievers em geral são mais suscetíveis a tumores. Estes costumam ocorrer em idades mais avançadas, mas também podem surgir em cães mais jovens, provenientes de fatores genéticos.
Como no caso do ser humano, os tumores podem ser benignos ou malignos. Os tumores neurológicos implicam quadros mais graves, na maioria das vezes acompanhados de convulsões e/ou alterações comportamentais do cão. Somente um veterinário especializado poderá avaliar e diagnosticar estes casos, pois requer exames e tratamentos específicos. Já as epilepsias nem sempre são hereditárias e as crises acometem o cão geralmente durante o sono ou descanso.
Os sintomas são espasmos musculares, incontinência urinária ou/e movimentos natatórios. Pode ser um quadro sem gravidade, proveniente de fatores externos(produtos químicos, por ex), porém só o veterinário terá condições de fazer essa avaliação
DOENÇAS NEUROLÓGICAS
A displasia coxofemoral (DCF) tem se destacado ao longo dos anos como a patologia mais estudada pela medicina veterinária ortopédica e disseminação congênita através de vários genes (mais de 100) mais a relação com a displasia de cotovelo são os temas dos estudos mais recentes que se concentram nos cães, sendo que as pesquisas envolvendo gatos representam apenas uma pequena parte destes estudos (Maki et al., 2000).
Histórico Inicialmente descrita por Schnelle em 1930 (Smith, 1997), a displasia coxofemoral (DCF) teve seus primeiros estudos realizados em cães da raça Pastor Alemão, sendo que 40% dos animais avaliados apresentavam a doença sendo que até então acreditava se que sua ocorrência em gatos era rara (Schnelle 1954).
Posteriormente demonstrou se que cães de pequeno porte, gatos e outras espécies como as chinchilas também apresentam DCF (Riser, 1974)
A Articulação Displásica
A Articulação Displásica
O primeiro passo para o desenvolvimento da artrite é uma lesão na cartilagem articular devido a uma anormalidade biomecânica por um desenvolvimento defeituoso hereditário, da articulação coxofemoral. Não é possível prever quando um cão displásico começará a apresentar sinais clínicos de claudicação devido à dor. Existem muitos fatores ambientais com a ingestão excessiva de alimentos calóricos, o nível de exercícios a que o animal é submetido e o tipo de piso em que vive são fatores que agravam a doença
Exame Radiográfico
Exame Radiográfico
após 24 meses!
Os sinais radiográficos comuns a todas as espécies são o raseamento acetabular, incongruência entre a cabeça femoral e o acetábulo com graus variáveis de luxação, deformação da cabeça e colo femoral e sinais de artrose nos casos crônicos (Kolde, 1974).
Os procedimentos de avaliação diferem um pouco, o Golden Retriever Club of América reconhece a validade de vários tipos de classificação e encoraja todos criadores de Goldens Retrievers a determinarem a saúde de conformação dos quadris para qualquer animal potencialmente procriador.
Classificação mais comumente
usada no Brasil:
- A HD sem sinais de displasia coxofemorau
- B HD +/ articulações coxofemorais próximas do normau
- C HD + displasia coxofemoral leve, discreta subluxação ainda permitida a
reproduçãok
- D HD + + displasia coxofemoral moderadak
- E HD + + + displasia coxofemoral severa, subluxação evidente acompanhada
de osteoartrose
Cães displásicos das classes D e E não devem ser usados para procriação, mas podem ter uma vida útil, longa e feliz. Os de classe C somente devem ser cruzados com animais de classe A ou se possível também evitar a procriação. Muitos Goldens com displasia não mostram sinais externos ou sintomas até atingirem entre 7 ou 8 anos de idade quando a tonificação muscular diminui e o uso da articulação se torna mais notável.